O Sampaio Corrêa teve sua última cartada negada. Em julgamento realizado nesta quinta-feira (10), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) manteve a absolvição do Caxias no chamado Caso Yuri Ferraz. Com a decisão, o clube gaúcho permanece na Série C, enquanto o Sampaio, que buscava a vaga via tapetão, está oficialmente rebaixado para a Série D do Campeonato Brasileiro.
A decisão foi definida no voto de minerva do presidente do pleno, Luís Otávio Veríssimo, e encerrou a disputa jurídica iniciada ainda no fim da temporada passada. O placar ficou em 5 a 4 a favor do Caxias.
O resultado no pleno do STJD encerra qualquer possibilidade de reversão no âmbito da justiça desportiva. O Sampaio Corrêa, que apostava na punição ao Caxias para escapar do descenso, agora se vê obrigado a reorganizar seus planos para a disputa da Série D em 2025.
Entenda o caso
O episódio começou com a denúncia feita por Sampaio Corrêa e Aparecidense, rebaixados na última edição da Série C, contra a suposta escalação irregular do lateral Yuri Ferraz. O jogador atuou em quatro partidas pelo ABC antes de se transferir para o Caxias, onde jogou outras nove vezes.
Segundo os clubes denunciantes, isso infringiria o artigo 10 do Regulamento Específico da Competição, que limita a participação de um atleta a, no máximo, seis partidas por um clube antes de ser transferido e atuar por outra equipe na mesma competição.
Julgamento e punições
Em fevereiro, a Primeira Comissão Disciplinar do STJD já havia absolvido o Caxias, mas manteve penalidades ao ABC, que foi multado em R$ 80 mil. Yuri Ferraz recebeu inicialmente uma suspensão de seis jogos por conduta antidesportiva, posteriormente reduzida para quatro em instância superior.
Também foram punidos os árbitros da partida entre ABC e Athletic-MG, Felipe Paludo e Wanderson de Souza, suspensos por 30 e 45 dias, respectivamente, por não registrarem adequadamente a situação do atleta.