A 5ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de São Luís ingressou com Ação Civil Pública por improbidade administrativa contra 10 pessoas e duas empresas, por suspeita de desvio de R$ 560 mil destinados à distribuição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19.
Os recursos foram repassados pela Secretaria Municipal de Segurança Alimentar (Semsa) à Associação Assistencial Rio dos Cachorros, presidida por Arnaliz Pires Fonseca, que é apontada como peça central no esquema. A entidade recebeu os valores por meio de emendas dos então vereadores Álvaro Pires e Fátima Araújo.
Entre os acionados estão Diego Barbosa Lima, ex-assessor parlamentar e dono da D.B. Lima Comércio; Hilqueias Gomes da Silva, da Câmara Municipal; Gleydson de Sousa Alves, da Secretaria de Turismo; Jorge Luís Lopes e Matheus Henrique Lima, servidores municipais; além dos empresários Márcio Berredo, Leandro Balby, Leandro Mendes (Distribuidora W.G. Mandacaru) e Sandro Rommel Viana Pereira.
Segundo o MPMA, houve uso de empresas inaptas, falsificação de documentos e simulação da entrega das cestas. A promotoria identificou movimentações financeiras suspeitas, como repasses diretos das contas da entidade a contas pessoais dos investigados, saques em espécie e uso de “laranjas”.
O MP pede o bloqueio de bens, afastamento de Arnaliz e Hilqueias dos cargos, proibição das empresas de contratar com o poder público e a condenação de todos por improbidade administrativa, além de sanções previstas na Lei Anticorrupção.