
Está faltando homem mesmo. A queixa recorrente das mulheres, sobretudo para aquelas com mais de 40 anos, tem o respaldo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A diferença entre homens e mulheres na população brasileira voltou a chamar atenção. Segundo a PNAD Contínua 2024, do IBGE, existem 92 homens para cada 100 mulheres no país. Embora nasçam mais meninos do que meninas, a realidade se inverte ao longo da vida: causas externas, como violência e acidentes, além de menor cuidado com a saúde, fazem com que os homens morram mais cedo.
O quadro se acentua entre os idosos. No Rio de Janeiro, acima dos 60 anos, são apenas 70 homens para cada 100 mulheres; em São Paulo, 77. Já no Censo de 2022, o Brasil registrava cerca de 6 milhões de mulheres a mais que homens.
Apenas Tocantins (105,5) e Santa Catarina (100,9) destoam da tendência nacional, registrando mais homens que mulheres, em parte devido à oferta de empregos em setores como mineração e agronegócio.
Segundo especialistas, o fenômeno tende a se intensificar com o envelhecimento da população e a redução dos nascimentos.