A confirmação da morte do motociclista de aplicativo Franklin César, encontrado em uma cova rasa no bairro Bequimão, em São Luís, desencadeou uma onda de protestos que tomou várias áreas da capital maranhense na noite desta terça-feira (26).
Motociclistas bloquearam avenidas, incendiaram pneus e paralisaram importantes vias. Houve interdições no Elevado da Cohama, na Avenida São Luís Rei de França, no Turu, e em frente ao Shopping da Ilha.
Em alguns pontos, como na Avenida Daniel de La Touche, manifestantes chegaram a subir em radares e danificar os equipamentos com pedradas. A Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) e a Polícia Militar acompanharam as ações para tentar conter os bloqueios.
À noite, os protestos se intensificaram com barricadas em chamas na Ponte Governador Newton Bello (Caratatiua) e na Ponte Hilton Rodrigues (Ipase). Mais tarde, um grupo se concentrou em frente ao Residencial Península do Ipase, próximo ao local onde Franklin foi encontrado.
Confronto e tensão
De acordo com a Polícia Militar, houve disparos de arma de fogo feitos por moradores durante uma tentativa de invasão ao residencial, mas ninguém ficou ferido. A situação foi controlada pelo Batalhão de Choque e pelo 8º BPM, que dispersaram os manifestantes.
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram confrontos entre motociclistas e policiais, além de barricadas em chamas. Líderes do movimento afirmaram que as manifestações devem continuar nesta quarta-feira (27).
O caso Franklin César
A Polícia Civil do Maranhão confirmou que o corpo encontrado na região do Poeirão, no bairro Bequimão, é do motociclista Franklin César, desaparecido desde domingo (24).
Durante as investigações, foi preso Wendel Araújo da Silva, conhecido como Carioca, de 21 anos, apontado como suspeito do crime. Ele foi levado à Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), que apura a motivação do assassinato.
O corpo foi localizado em uma área de matagal, atrás de condomínios, e reconhecido por familiares no Instituto Médico Legal (IML). O caso causou forte comoção entre motociclistas de aplicativo, que denunciam a vulnerabilidade da categoria e exigem mais segurança para exercer a profissão em São Luís.
