
Hoje é Natal. Você leitor talvez tenha organizado a lista de compras, pensado no cardápio da ceia, escolhido a sobremesa, separado os presentes e revisado mentalmente quem estará sentado à mesa. Essa preparação é comum, bonita e carrega afeto… mas te faço uma pergunta necessária: No meio de tudo isso, você também preparou o coração? Pensou em Jesus? Conversou com o Espírito Santo de Deus?Lembrou-se do verdadeiro anfitrião dessa celebração? Porque, após mais de dois mil anos, ainda corremos o risco de celebrar tudo, menos aquele que deu sentido a essa data.
O Deus que se fez próximo
O Natal não é, originalmente, sobre luzes, mesas fartas ou presentes.
Esses elementos são celebrações simbólicas, mas o centro do Natal é muito maior, é a celebração do Deus que decidiu se aproximar da humanidade.
O apóstolo João, no capítulo 1 e versículo 14,descreve esse mistério com palavras que atravessam séculos: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós… O Deus transcendente escolheu experimentar nossa terra, nossa dor, nossa limitação. Escolheu vir como criança, frágil, vulnerável, dependente. Assim Ele nos ensinou que o amor se revela na humildade e que a salvação chega, muitas vezes, em embalagens simples.
Entre o presépio e a cruz: um amor anunciado
O Natal aponta para um Deus que não ficou distante. O presépio já anunciava a cruz. A manjedoura já revelava que Ele viria para redimir a humanidade. Enquanto o mundo pedia um Messias guerreiro, Deus enviou um bebê. Enquanto esperavam grandeza, Deus entregou simplicidade.Enquanto buscavam poder, Ele apresentou amor. O escritor alemão Dietrich afirmou: “Deus se aproxima daquilo que é pequeno, humilde, simples e desprezado”. É por isso que o Natal continua sendo tão revolucionário: ele nos reposiciona, nos convida a olhar para dentro e a perceber que o Salvador chegou não para ser servido… mas para servir. O mundo moderno transformou o Natal em temporada de consumo, mas o Evangelho nos lembra que o maior presente não estava debaixo da árvore, mas pendurado numa cruz. O menino de Belém cresceu e mostrou ao mundo o rosto do Pai.Tocou feridos, acolheu rejeitados, curou almas e reconstruiu destinos. Hoje, Ele continua oferecendo, paz para mentes cansadas, consolo para corações quebrados, esperança para vidas sem direção, amor para quem se sente esquecido.O Natal nos lembra que a salvação não é mérito humano, mas graça divina.
O Natal precisa voltar ao seu lugar
No corre-corre das festas, facilmente trocamos o essencial pelo acessório. Celebramos o Natal, mas às vezes ficamos tão ocupados com as luzes da cidade que não percebemos a luz do mundo.Jesus disse em João capítulo 8 e versículo 12 Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas. Por isso, o verdadeiro sentido do Natal não está na mesa posta, mas no coração disposto.Não está no presente comprado, mas na presença cultivada. Não está no enfeite da casa, mas na renovação da alma.
Uma pergunta para este dia tão festejado, onde Jesus cabe no seu Natal?
hoje quando você olhar para a mesa farta e para as pessoas queridas, lembre-se de que o Natal existe porque Deus decidiu vir até nós. Existe porque o amor venceu o medo. Existe porque a esperança encarnou.Talvez o convite deste Natal seja simples, mas profundo: abra espaço para Jesus nessa festa. Fale com o Espírito Santo. Leia um trecho da Palavra. Ore com sua família. Coloque Cristo no centro. Porque quando Jesus está no Natal, o Natal encontra seu sentido.
Depois de dois mil anos, o Natal continua falando
O Natal não envelhece, porque a mensagem continua atual, afinal Deus nos ama a ponto de vir ao nosso encontro. Que esta véspera seja um chamado para reencontrar o verdadeiro significado desta data tão especial.
Feliz Natal, Cristo nasceu. E isso muda tudo.