Três policiais militares do Maranhão foram indiciados por tentativa de homicídio, no caso que deixou Geovanna Gabriely de Sousa Conrado, uma adolescente de 12 anos, irmã da cantora Aline Conrado, baleada.
Os acusados, um tenente, um sargento e um cabo, afirmaram ter confundido o veículo da família enquanto estavam envolvidos em uma operação para localizar os suspeitos ligados ao assassinato do sargento Carvalho Júnior da Polícia Militar do Maranhão.
De acordo com o delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), um dos policiais assumiu a responsabilidade pelos disparos, mas os outros dois também enfrentarão acusações por seu envolvimento na ação.
Geovanna Gabriely estava dentro de um veículo com sua irmã, pai e mãe quando foi atingida por um tiro de fuzil no estômago. Durante uma coletiva de imprensa, o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo caso, apontou contradições entre os relatos dos policiais e as imagens capturadas pelas câmeras de segurança utilizadas na investigação.
O delegado também contestou a alegação de que o veículo estaria desrespeitando semáforos, que teria sido o suposto motivo da ação policial. Ele destacou que o problema estava relacionado não aos esforços da polícia para resolver o caso do sargento, mas à escolha e à forma como a família foi abordada.
Carros da família foi alvo de 8 tiros
O caso ocorreu durante a noite de 27 de agosto na zona Sudeste de Teresina. Os policiais estavam à paisana e em um veículo descaracterizado. Quando o veículo da família parou em um semáforo na BR-343, os policiais interceptaram o veículo e efetuaram cerca de oito tiros contra a família, deixando Geovanna Gabriely ferida.
A Polícia Militar do Maranhão comunicou que iniciou uma investigação para apurar a conduta dos policiais envolvidos, e eles foram afastados de suas funções durante o processo de apuração.
Se forem confirmados excessos, os policiais serão responsabilizados de acordo com as leis vigentes.
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