Na sessão ordinária dessa terça-feira (6), o vereador Marcial Lima (Podemos) subiu à tribuna para discorrer sobre a situação do transporte público em São Luís. O parlamentar iniciou o discurso criticando a postura do prefeito Eduardo Braide diante das seguidas crises nos últimos anos.
Durante o pronunciamento, Marcial relembrou que, em vídeo divulgado nas redes sociais na noite de segunda-feira (5), o prefeito Eduardo Braide questionou o motivo da realização da greve, uma vez que, de acordo com ele, não haverá reajuste na passagem porque o Município se responsabilizará pelo pagamento do percentual de reajuste negociado entre rodoviários e empresas.
“Por que o prefeito não se reuniu com o sindicato para questionar e debater isso com eles, em vez de publicar esse vídeo nas redes sociais? A greve estava marcada, com antecedência, e o prefeito não teve coragem de sentar com o sindicato desde a semana passada. Nem o secretário, que não conhece nada de transporte, discutiu com a categoria”, pontuou.
“Tenho quase 25 anos atuando na imprensa ludovicense e, em todos esses acompanhando as greves de ônibus, vejo que o discurso é o mesmo. Dizem que o sistema de transporte está no vermelho, que não há condições de dar aumento para o trabalhador, nem pagar direitos como ticket-alimentação e plano de saúde. Trata-se de uma chantagem, um grande combinado, e o usuário paga o pato”, emendou o vereador.
Marcial Lima destacou que, atualmente, os profissionais do sistema de transporte público sofrem com condições precárias de trabalho, perseguição, não cumprimento de cláusulas trabalhistas, dentre outros problemas.
O vereador encerrou o discurso sugerindo, como solução paralela, a criação e regulamentação do transporte alternativo de São Luís, a exemplo de outras cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. “Aqui em São Luís, a prefeitura não quer quebrar esse tabu. É preciso legalizar o transporte alternativo na nossa cidade, conversar com a categoria. É uma grande enganação a Prefeitura pagar mais subsídio para, daqui até sexta-feira, a Justiça decretar aumento tarifário”, concluiu.