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Menino sobrevive em cima de árvore após ser arrastado pela água no RS

Pietro e o avô ficaram três dias e três noites agarrados a uma árvore em meio à inundação, esperando por resgate em Cruzeiro do Sul.

Fonte: Guiame

Um relato de um menino que sobreviveu após a casa em que estava ter sido arrastada pelas enchentes no Rio Grande do Sul gerou comoção e está viralizando nas redes sociais.

Pietro mora em Cruzeiro do Sul, no Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas pelas fortes chuvas no estado, e contou como lutou pela vida junto com seus avós.

A pastora Rosane Pagliarin, da igreja AME (Associação Missionária Evangélica), gravou o relato do menino e compartilhou no Instagram.

“No primeiro dia que pude vistoriar as áreas afetadas aqui no Vale do Taquari, a fim de estabelecer as estratégias de enfrentamento da crise, encontrei esse rapazinho. Quando ele começou a falar o que tinha acontecido pedi licença para gravar porque muitas pessoas precisavam escutar o que ele viveu nesta catástrofe”, disse Rosane.

Na terça-feira (7), Pietro e seus avós foram para a casa de dois andares do vizinho para escapar da inundação, que subia em seu bairro.

“Na quarta-feira, a água já estava no segundo piso e subimos para o telhado para acenar para os bombeiros, mas nada”, lembrou o menino.

Mais tarde, a força da água arrastou a casa onde eles estavam. “A gente pulou para uma árvore, o vô, eu e a vó. Eu e o vô conseguimos nos segurar na árvore, só que a vó estava segurando em um galinho, o vô pulou e puxou ela para cima e nós aguentamos”, disse Pietro.

“Depois de quatro horas, de tanta casa e coisa batendo na nossa árvore quebrou para baixo. Eu pulei, o vô também. O vô tentou segurar a vó, só que não deu”, lamentou.

O menino chegou a se afogar, mas foi salvo pelo avô. “Fiquei mais ou menos 1 minuto debaixo da água, tomei dois gole de água. Não me apavorei muito, raspei esse meu pé aqui. O vô me puxou para cima”, contou.

Eles conseguiram se segurar em uma árvore e aguardaram por resgate durante dias. “A gente conseguiu ficar três dias e três noites e umas 14 horas lá, sem beber e sem comer”, concluiu.

Para a pastora Rosane, o menino Pietro foi corajoso, assim como muitos gaúchos que estão enfrentando a catástrofe.

“Este menino é o representante de muitos bravos gaúchos guerreiros que lutaram com todas as suas forças para viver”, declarou ela.

 

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