Artigo escrito por Ronaldo Kroeff – Cartunista, graduando em Psicologia
Lá pelo ano 2003, recebi um convite que mudaria minha trajetória profissional e pessoal. Ribamar Bogea Filho, um dos diretores do Jornal Pequeno, um dos maiores e mais respeitados jornais do Brasil com 73 anos de existência, me convidou a colaborar com minhas tirinhas do personagem Pitchulinho e escrever artigos para as páginas Gospel e de Saúde. Esse convite não só me abriu portas, mas também iniciou uma amizade para a vida toda.
Durante mais de uma década, como colaborador do Jornal Pequeno me proporcionou uma plataforma para educar e entreter através do cartoon. No entanto, algo dentro de mim ansiava por uma compreensão mais profunda do comportamento humano. Em 2013, decidi entrar no curso de psicologia. Minha intenção inicial era aprimorar meu trabalho educativo, mas o curso me levou a caminhos inesperados, particularmente no campo da saúde mental.
Durante meu estágio em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), fiquei horrorizado com o atendimento precário e desumano. O ambiente era mais parecido com uma delegacia do que com um local de acolhimento. Havia apenas uma psicóloga sobrecarregada, incapaz de oferecer a escuta individual necessária. O tratamento se resumia a dinâmicas de grupo e atividades enfadonhas, após os pacientes tomarem medicamentos psicotrópicos que mais pareciam bombas letárgicas.
Me senti perdido naquele estágio, perguntando-me: “Isso é tudo que temos a oferecer à população?”. Essa experiência me lembrou do trabalho revolucionário do psiquiatra Franco Basaglia, que nos anos 60 transformou o tratamento de transtornos mentais na Itália. Basaglia acreditava na desinstitucionalização e na reintegração dos pacientes à sociedade, uma abordagem que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a recomendar a partir de 1973. No Brasil, essa filosofia foi incorporada na Lei da Reforma Psiquiátrica, sancionada em 2001, que promoveu o fechamento gradual de manicômios e a criação dos CAPS.
Infelizmente, a realidade no Brasil está muito distante do que a lei prevê. Muitos CAPS são subfinanciados, mal equipados e localizados em prédios velhos, oferecendo um atendimento que gera mais medo do que alívio. Muitos pacientes evitam esses centros, com medo de um tratamento frio e impessoal que frequentemente faz mais mal do que bem. Esta situação de descaso e abandono me motivou a buscar alternativas.
A solução para os desafios da saúde mental não está nos tratamentos químicos que têm dominado a psiquiatria moderna. Me afundei em estudos científicos para entender melhor os desafios da saúde mental e descobri a alarmante verdade sobre a medicalização excessiva e os interesses financeiros por trás disso. A verdade é que a maioria dos medicamentos apenas mascaram os sintomas, sem tratar as causas profundas dos transtornos mentais. Além disso, os efeitos colaterais podem ser devastadores.
Decidi desafiar o sistema e desenvolver uma abordagem própria, a que dedico minha vida: a Penumbro Terapia. Fundamentada na epigenética, esta abordagem busca alterar marcadores genéticos que causam doenças mentais através de mudanças holísticas no estilo de vida. A Penumbro Terapia é baseada no conceito de “Holos”, que significa completo em grego, e trata o ser humano em suas dimensões biológica, psicológica, social e espiritual.
A Penumbro Terapia não tem nada de religioso ou místico. É pura ciência epigenética combinada com terapias naturais e holísticas. Visa a cura completa através da mudança de hábitos e fortalecimento dos vínculos sociais, promovendo a saúde psicológica e física, e incentivando a espiritualidade como elemento curativo, independentemente de credo ou religião.
A partir de agora, convido você a acompanhar semanalmente aqui no Jornal Pequeno uma série de artigos onde explicarei detalhadamente a Penumbro Terapia. Vamos explorar juntos este processo de cura do biopsicosocial e espiritual que pode transformar vidas.
Nesta jornada, abordaremos diversas técnicas holísticas que integram a Penumbro Terapia, desde práticas de mindfulness e meditação até a terapia da terra e exercícios físicos como o tai chi chuan. Essas práticas, combinadas, têm o poder de restaurar o equilíbrio natural do corpo e da mente, promovendo uma verdadeira cura.
A Penumbro Terapia é uma resposta ao fracasso dos tratamentos convencionais em saúde mental. É uma abordagem que acredita no poder da natureza e na capacidade do corpo humano de se curar quando lhe damos as condições adequadas. Esta é a revolução silenciosa que propomos: uma cura que vai além dos remédios e que vê o ser humano em sua totalidade.
Aguardo você nessa jornada de cura e autodescoberta. Esta é a Penumbro Terapia, a abordagem holística que oferece uma nova esperança em tempos de tratamentos convencionais ineficazes. Venha conhecer e se beneficiar dessa revolução silenciosa.