A Vale e a Petrobras anunciaram na sexta-feira, 18, a assinatura de um Acordo de Aliança Estratégica para fornecimento de produtos com foco em competitividade e no avanço da pauta de descarbonização. Esse acordo, que reflete a evolução natural do protocolo de intenções assinado pelas empresas em setembro de 2023, estabelece condições para testes e potencial comercialização de três produtos estratégicos: diesel coprocessado com conteúdo renovável, gás natural e bunker com 24% de conteúdo renovável. Os produtos incluídos no acordo foram definidos a partir de estudos conjuntos entre as empresas.
“Estamos muito felizes em anunciar essa ampla parceria com a Petrobras, que traz benefícios para ambas as companhias e cria valor para o Brasil”, afirma o presidente da Vale, Gustavo Pimenta. “O acordo reforça o compromisso da Vale de promover a descarbonização das suas operações e de oferecer soluções para reduzir as emissões de seus clientes, aproveitando, assim, o diferencial competitivo do Brasil em combustíveis renováveis.”
“Estamos desenvolvendo combustíveis cada vez mais verdes e honrando nosso compromisso de descarbonização das nossas atividades. A parceria com a Vale é mais uma concretização do objetivo da Petrobras de aperfeiçoar a capacidade produtiva e a estrutura logística da empresa para entregar ao mercado produtos mais verdes, como o Diesel R, e reforçar nossa estratégia de descarbonização”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
O Diesel R5 é um diesel S10 que possui percentual de 5% de HVO (óleo vegetal hidrotratado, na sigla em inglês) em sua composição. É produzido por coprocessamento de derivados de petróleo com matérias-primas de origem vegetal, resultando em um produto com especificação técnica idêntica ao diesel mineral e 60% menos intensidade de carbono na parcela renovável.
O acordo prevê a colaboração em modelos mais competitivos para fornecimento de gás natural, um insumo essencial para a produção de pelotas e também do briquete de minério de ferro – produto desenvolvido pela Vale que contribui para promover a descarbonização da siderurgia.
E, por fim, a aliança prevê a comercialização pela Petrobras de uma mistura de bunker com baixíssimo teor de enxofre e 24% de biodiesel para testes em uma embarcação de transporte de minério de ferro a serviço da Vale.
Teste industrial de diesel R5 iniciado
A primeira ação do acordo já foi iniciada com o fornecimento de diesel com conteúdo renovável (Diesel R5) feito pela Petrobras. O produto começou a ser fornecido à Vale na segunda semana de outubro para a realização de testes em escala industrial na Estrada de Ferro Vitória a Minas e na mina de Fábrica Nova, no Complexo Mariana (MG).
A Petrobras é pioneira no desenvolvimento de diesel com conteúdo renovável. Trata-se de um produto obtido pelo coprocessamento em refinarias da Petrobras, não necessitando de qualquer alteração em veículos ou estruturas de armazenagem para que seja utilizado. O produto também requer a mistura de biodiesel éster, conforme o percentual definido pela regulamentação em vigor.
Sobre a Vale
A Vale é uma mineradora global que existe para melhorar a vida e transformar o futuro juntos. Uma das maiores produtoras mundiais de minério de ferro e níquel e importante produtora de cobre, a Vale tem sede no Brasil e atuação ao redor do mundo. Suas operações compreendem sistemas logísticos integrados, incluindo aproximadamente 2.000 quilômetros de ferrovias, terminais marítimos e 10 portos distribuídos pelo mundo. A Vale tem as ambições de ser reconhecida pela sociedade como referência em segurança, a melhor operadora e a mais confiável, uma organização orientada aos talentos, líder em mineração sustentável, e referência em criação e compartilhamento de valor.
Sobre a Petrobras
A Petrobras é uma empresa brasileira e uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, dedicada principalmente à exploração e produção, refino, geração de energia e comercialização. A Petrobras tem expertise na exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas como resultado de quase 50 anos de desenvolvimento das bacias offshore brasileiras, tornando-se líder mundial neste segmento. Tem como prioridade operar com baixos custos e com baixa emissão de carbono, reforçando o compromisso com o desenvolvimento sustentável para uma justa transição energética no Brasil. Sua ambição é neutralizar as emissões (escopos 1 e 2) nas atividades sob seu controle até 2050.