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Governo troca direção do Hospital Regional de Balsas após mortes de gestantes

Famílias das vítimas denunciam que a equipe médica forçou o parto normal, mesmo com indicação para cesariana.

Fonte: Redação
Naísia Nascimento Santana e Ana Carolina faleceram no Hospital Regional de Balsas (Foto: Reprodução)

Em menos de um mês, duas gestantes faleceram durante o parto no Hospital Regional de Balsas, localizado na região Sul do Maranhão. As famílias das vítimas denunciam que a equipe médica forçou o parto normal, mesmo havendo indicação para cesariana.

Detalhes dos casos

A primeira vítima, Naísia Nascimento Santana, de 30 anos, procurou a unidade sentindo muitas dores e com pouca dilatação.

A equipe médica optou pelo parto normal, durante o qual Naísia sofreu convulsões, teve três paradas cardíacas e não resistiu, falecendo em 14 de janeiro.

O bebê de Naísia, Nicolas, nasceu com complicações e morreu após oito dias de internação.

O segundo caso ocorreu no último fim de semana, e teve como vítima Ana Carolina da Silva Bezerra, de 26 anos. Ela permaneceu internada por nove dias tentando o parto normal, já que a cesariana teria sido recusada pela equipe médica, conforme a família.

Tanto a mãe quanto o bebê não sobreviveram

Investigação e medidas tomadas

O Ministério Público do Maranhão (MPMA) está investigando as denúncias e pretende verificar a disponibilidade de leitos adequados para atender gestantes.

Documentos foram encaminhados para uma investigação na área criminal.

O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, anunciou mudanças na direção do hospital e a contratação de serviços para ampliação e fortalecimento da assistência materno-infantil. Uma comissão especializada em saúde materno-infantil está analisando prontuários e o atendimento prestado.

“Informo que, por determinação do governador Carlos Brandão, estamos realizando a apuração rigorosa das circunstâncias que levaram ao óbito das pacientes Naisia Santana e Ana Carolina Bizerra no Hospital Regional de Balsas. Como medidas imediatas, determinamos a mudança na direção da unidade e a contratação de serviços para ampliação e fortalecimento da assistência materno-infantil”, ressaltou.

Tiago Fernandes destacou que o hospital é uma referência na região e que ficou 700 dias sem óbito materno, seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. “Seguimos trabalhando para fortalecer a Atenção Primária e reduzir a mortalidade materna. Nos solidarizamos com as famílias e reforçamos nosso compromisso com a transparência e a melhoria contínua da assistência”, afirmou o secretário.

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