O empresário Gilvan Vieira de Oliveira, de 53 anos, assassinou sua companheira, Leila Portilho, de 51 anos, com 29 facadas e, em seguida, tirou a própria vida em Goianésia, região central de Goiás.
Antes de cometer suicídio, ele telefonou para familiares confessando que havia feito uma “besteira”, segundo a delegada Ana Carolina Pedrotti, responsável pelo caso.
“Diante dessa ligação, a família foi até o local e encontrou os dois. Foram os próprios familiares que acionaram os bombeiros para prestar socorro”, explicou a delegada.
Relacionamento e motivação
Conforme as investigações, uma testemunha trocou mensagens com Leila no dia anterior ao feminicídio. Na conversa, a vítima mencionou o desejo de terminar o relacionamento.
A polícia pretende ouvir essa testemunha nos próximos dias para confirmar se esse foi o real motivo do crime.
“Ao concluir a investigação e confirmar a motivação, o caso será encaminhado ao Judiciário com sugestão de arquivamento, uma vez que o autor dos fatos faleceu, extinguindo a punibilidade”, informou Pedrotti.
O casal estava junto há cerca de um ano e havia passado a morar sob o mesmo teto dois meses antes do crime. Nas redes sociais, frequentemente publicavam fotos de viagens e passeios juntos. A última postagem de Gilvan foi em 24 de fevereiro, com frases carinhosas como “Passeio com amor” e “Domingão com meu love!”. Ele era proprietário de uma empresa de turismo há pelo menos 16 anos.
Vítima foi socorrida, mas não resistiu
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Leila ainda estava com vida quando foi encontrada e chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Goianésia, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a Polícia Científica, a causa provável da morte foi choque hipovolêmico, resultante da grande perda de sangue e fluidos corporais. A vítima sofreu 29 facadas, atingindo principalmente o tórax, abdômen e membros.