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Série de ataques na Nigéria mata mais de 100 cristãos

Em menos de uma semana, a onda de violência de grupos extremistas gerou 113 mortes de cristãos

Fonte: Assessoria Portas Abertas
Aumenta o número de cristãos deslocados por causa da violência na Nigéria. (foto representativa)

Mais uma onda de ataques colocou as comunidades cristãs no estado de Plateau, Nigéria, de joelhos. Militantes entre o povo fulani atacaram pelo menos sete comunidades desde o final de março deste ano, matando até 70 pessoas e deslocando novamente milhares de pessoas justamente quando a estação chuvosa começa.

Fontes locais da Portas Abertas, organização presente em mais de 70 países e que apoia cristãos perseguidos, contaram que algumas das vítimas foram baleadas, algumas massacradas e outras queimadas até virarem cinzas. Entre elas, havia mulheres idosas e crianças. “Cerca de sete a oito comunidades foram atacadas e precisamos de orações por provisão para os deslocados internos e os que acolheram nossos irmãos desabrigados em suas casas”, disse o reverendo Arum, ligado a parceiros da Portas Abertas em Bokkos e na área de governo local (LGA, da sigla em inglês) de Bassa.

“Pessoas perderam suas vidas, seis vítimas estão desaparecidas e muitas outras sofreram vários graus de ferimentos. Mais de 200 casas e propriedades no valor de milhões foram queimadas, deixando mais de três mil deslocados”, segundo o líder cristão Ayuba Matawal, presidente do Comitê de Bem-estar das Pessoas Deslocadas Internas de Bokkos.

A Nigéria ocupa o 7º Lugar na Lista Mundial da Perseguição 2025, documento publicado anualmente pela Portas Abertas que classifica os 50 países que mais perseguem cristãos no mundo. Segundo a organização, a Nigéria é o país mais violento contra cristãos. No período de um ano, o país foi responsável pela morte de 3.100 cristãos, o que representa 69% dos cristãos mortos em todo mundo, em decorrência da fé.

Nova onda de violência e morte

Depois de uma onda de ataques desde a última semana, ontem mais um atentado de militantes contra seguidores de Jesus foi confirmado na Área de Governo Local (LGA) de Bassa, Nigéria. Ao menos 43 pessoas morreram no incidente que aconteceu no domingo à noite (13), mas o jornal local online, Vanguard, indicou que o número deve ser maior, de 49 vítimas fatais.

Um contato local da Portas Abertas na área compartilha que “várias casas foram queimadas com pessoas dentro. Testemunhas disseram que tiros esporádicos foram ouvidos de vários locais e, pela manhã, 49 corpos foram recuperados. Isso sem contar com as pessoas feridas, que ainda não foram determinadas. Os agressores, segundo os moradores, eram fulani”. A série de ataques nos dias em que a Páscoa se aproxima causam grande preocupação.

Sam Jugo, Secretário Nacional de Publicidade da Irigwe Development Association, compartilhou: “A liderança da Irigwe Development Association, IDA, acordou com mais um massacre no povoado de Zike, Kwall, na área de governo local (LGA) de Bassa, no estado de Plateau, por volta da meia-noite de domingo, 13 de abril de 2025.

“Nas últimas semanas, as áreas de governo local de Bassa e Bokkos no estado de Plateau sofreram especialmente ataques nas mãos dos militantes. Em Bassa, pelo menos oito pessoas foram mortas em uma série de ataques, segundo contatos locais da Portas Abertas.

Esses ataques não apenas deixam famílias cristãs traumatizadas e destruídas, mas milhares perderam suas casas e estão deslocadas como resultado. “Pedimos urgentemente ao governo local e nacional da Nigéria que proteja essas áreas e proteja as comunidades vulneráveis.

As comunidades cristãs estão observando a Semana Santa na preparação para o fim de semana da Páscoa e gostariam de ir à igreja e passar esse tempo com suas famílias meditando na morte e ressurreição de nosso salvador, Jesus Cristo. “, diz Jo Newhouse, porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana”.

Série de ataques de acordo com fontes locais da Portas Abertas

24 de março: Vila de Dundu, Bassa (LGA), militantes emboscaram três agricultores cristãos enquanto cultivavam suas terras.

27 de março: comunidade de Ruwi, Bokkos (LGA), militantes fulani mataram 11 cristãos enlutados que se reuniram um velório para consolar a família de um ente querido falecido. Entre eles, estava uma mulher grávida, o marido e uma menina de dez anos.

2 de abril: Bokkos (LGA), militantes atacaram a vila de Tamiso, onde mulheres estavam em um encontro de comunhão cristã na igreja COCIN (Igreja de Cristo nas Nações). Cinco cristãs foram mortas no incidente.

No mesmo dia, a vila de Dafo também foi atacada, matando duas pessoas.

Na vila de Hurti, os militantes mataram até 40 pessoas na mesma data.

6 de abril: Vila de Pyakmula, Bokkos (LGA), militantes mataram quatro pessoas.

7 de abril: vila de Hwrra, Bassa (LGA), três pessoas mortas.

8 de abril: Bassa (LGA), três ataques separados, mas simultâneos, mataram pelo menos duas pessoas.

13 de abril: Bassa (LGA), oficialmente 43 pessoas foram mortas.

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