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Atirador confesso contra major da PM detalha crime em depoimento

O meliante contou com o apoio de membros da facção criminosa Bonde dos 40, que ajudaram ele e sua esposa a fugir

Fonte: Da redação


O grupo JP teve acesso ao depoimento de Caio Lúcio Câmara dos Santos, autor confesso da tentativa de assalto que resultou na morte do major André Felipe dos Santos Carvalho, da Polícia Militar do Maranhão, na tarde de quarta-feira (30), no bairro São Francisco, em São Luís. O crime, classificado como latrocínio (roubo seguido de morte), ocorreu por volta das 16h46. A prisão preventiva do suspeito foi homologada nesta sexta-feira (2) pelo juiz plantonista Francisco Ferreira de Lima, durante audiência realizada na Central de Inquéritos e Custódia da capital.

Conhecido como “CL”, Caio Lúcio se apresentou à Polícia Civil na manhã desta sexta-feira, acompanhado por uma advogada. No depoimento, ele confirmou ter sido o responsável pelos disparos contra o major e detalhou a dinâmica do crime. Segundo o relato, o plano foi articulado com um comparsa identificado como “Juninho”, que o abordou na área conhecida como “Portelinha” para executar o assalto.

Segundo Juninho, a vítima seria uma mulher que se encontrava entre o Mix Mateus e o Centro Elétrico, e que estaria usando um cordão e aliança de ouro, mas, ao chegarem ao local, os criminosos perceberam que se tratava de um homem — o major André Felipe.

Juninho pilotava a motocicleta utilizada na ação, enquanto Caio estava armado. Caio afirmou que a vítima se assustou com a abordagem e correu para a lateral de seu veículo. Neste momento, Juninho gritou informando que a vítima estaria tentando sacar uma arma de fogo e iria atirar. Diante disso, efetuou sete disparos com o intuito, segundo ele, de fugir. Afirmou ainda que apenas ele portava arma de fogo.

Após o crime, os dois fugiram e se esconderam em uma oficina. Caio afirmou que escondeu a arma em um dos carros estacionados no local. Em seguida, contou com o apoio de membros da facção criminosa Bonde dos 40, que ajudaram ele e sua esposa a fugir para o município de Barreirinhas, no interior do estado, mediante o pagamento de R$ 400 pelo transporte.

Durante o depoimento, Caio também admitiu ter participado de pelo menos seis outros assaltos, todos utilizando um revólver calibre 38. No entanto, afirmou que esta foi a primeira vez que utilizou uma pistola — arma empregada no assassinato do major.

O juiz responsável pela audiência de custódia considerou a prisão em flagrante legal e regular, com base no artigo 310 do Código de Processo Penal. Caio Lúcio segue preso e à disposição da Justiça.

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