Maranhão é o 2º estado com mais operações da PF contra fraudes em recursos de combate à Covid

Estado ficou na frente apenas do Amapá, com 12 ações policiais deflagradas.

Fonte: Redação / G1 AP

A Polícia Federal (PF) superou neste mês de julho a marca de 100 operações contra fraudes e desvios em recursos públicos destinados ao combate e enfrentamento à Covid-19. Com 10 operações, o Maranhão é o segundo estado com mais investigações por irregularidades em recursos da pandemia, na frente apenas do Amapá, com 12 ações policiais.

Ao todo, os contratos e serviços investigados atingem cerca de R$ 3,2 bilhões, de acordo com a PF.

Uma das operações foi deflagrada no dia 5 de maio de 2021, com o apoio da Controladoria-Geral da União. A Operação Desatino aconteceu nas cidades de Brejo, Santa Quitéria do Maranhão e Tutóia. A ação policial teve como alvo um grupo criminoso estruturado para promover fraudes licitatórias e irregularidades contratuais no âmbito do município de Brejo (325 km distante de São Luís), envolvendo recursos públicos federais que seriam utilizados no combate à pandemia da Covid-19.

Em agosto de 2020, a “Operação Falsa Esperança” teve como alvo uma suposta associação criminosa, suspeita de fraudar licitações e desvio de recursos públicos federais destinados ao combate da Covid-19 nos municípios de Bacabeira, Santa Rita e Miranda do Norte.

A operação “Falsa Esperança” investiga indícios de superfaturamento de equipamentos de proteção individuais (EPI’s), além de simulação na compra de respiradores. A PF afirma que os aparelhos não foram entregues, mesmo com o pagamento efetuado pelas respectivas prefeituras.

Uma empresa localizada em Paço do Lumiar foi apontada como único local das aquisições, sem nunca ter atuado no ramo médico hospitalar.

Na cidade de São Luís, ocorreu a “Operação Cobiça Fatal”, no dia 9 de junho de 2020, com alvos, também, em São José de Ribamar. A ação teve o intuito de desbaratar uma suposta associação criminosa suspeita de envolvimento em fraudes em licitações para aquisição de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) usados no combate ao coronavírus na Grande Ilha.

Investigações realizadas pela PF teriam constatado indícios de superfaturamento na aquisição de 320 mil máscaras pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus), ao valor de R$ 9,90 cada uma. Segundo as apurações, o preço médio de uma máscara seria de R$ 3,17, o que levaria a um suposto superfaturamento de R$ 2,3 milhões, conforme a PF.

No último dia 26 de junho, A Polícia Federal deflagrou a Operação Inter Pares, com a finalidade de desarticular grupo criminoso  estruturado para promover fraudes licitatórias e irregularidades contratuais envolvendo  verbas federais que seriam utilizadas no combate à pandemia Covid-19 no Maranhão. A ação policial ocorreu nas cidades de São Luís, Bacurituba e Bom Jesus das Selvas.

PF apontou ex-secretário de Saúde de São Luís como líder no esquema de máscaras superfaturadas

No dia 9 de abril de 2021, Lula Fylho, que foi secretário de Saúde na gestão do ex-prefeito Edvaldo Holanda Júnior, entrou na mira da Polícia Federal (PF) por supostamente liderar a compra superfaturada de 20 mil máscaras de proteção contra o novo coronavírus. Outros ex-servidores públicos da gestão municipal passada, além empresários, também são investigados.

A Operação Tempo Real ganhou este nome devido o líder da associação criminosa ter tido acesso a todas as informações instantaneamente das aquisições das máscaras com preços excessivos. Esta informação foi obtida pela polícia a partir de depoimentos de suspeitos de outras três operações, deflagradas ano passado, e também relacionadas ao superfaturamento de máscaras.

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